Alckmin evita se comprometer com fim da reeleição

Ele disse que o direito a um segundo mandato terá que ser discutido pelo Congresso

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Por Agencia Estado
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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, evitou, neste domingo, assumir o compromisso de propor o fim da reeleição presidencial caso seja vitorioso na eleição deste ano. Durante entrevista concedida ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes, que irá ao ar às 23 horas, Alckmin disse que a proposta do fim da reeleição terá de ser discutida pelo Congresso Nacional e não será "item programático" a ser sugerido por um eventual governo dele. "Se houver boa regulamentação, não vejo problema na reeleição. Não é ruim para o País porque favorece o eleitor: se ele quiser reeleger, reelege sem problemas", argumentou o candidato. Alckmin ressalvou que tem compromisso, caso seja eleito, de cumprir o mandato de quatro anos e, dentro de um debate no Congresso Nacional sobre o tema, defender as posições estabelecidas pelo PSDB. "Dentro do PSDB tem gente a favor e tem gente contra a reeleição", salientou. Depois de participar do programa, em entrevista com jornalistas, o tucano chegou a dizer que o fim da reeleição poderia ser debatido e até mesmo aprovado pela atual legislatura, depois das eleições. Segurança pública Durante todo o primeiro bloco do programa, Alckmin debateu questões de segurança pública e insistiu que a onda de violência deflagrada pelo PCC em São Paulo teria sido uma reação ao sucesso da política de segurança pública das administrações tucanas no Estado nos últimos 11 anos. "O governo de São Paulo jogou os líderes do PCC no presídio de segurança máxima e o que houve foi uma reação no segundo e terceiro escalão do crime organizado para tentar intimidar o Estado", avaliou. Ele também disse que a administração dele combateu a prática de corrupção entre policiais, resultando em mais de quatro mil demissões no período de 2002 a 2006. Ao ser lembrado que o presidente da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo, André Di Rissio, está sendo acusado de envolvimento com o crime organizado, Alckmin negou que a administração pública tivesse ignorado algumas das evidências do envolvimento de Rissio com a criminalidade. De acordo com o candidato, Rissio foi afastado, está preso e, enquanto permaneceu à frente da Associação, era "prestigiado" por políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores. "O delegado atacava a nossa administração, era contra o secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública) e na posse dele na Associação, todos os líderes do PT lá estiveram. Candidatos, políticos e lideranças", relatou. Economia No último bloco, Alckmin tratou de questões de economia e de desenvolvimento do País, pregando eficiência no gasto público, o que resultaria, na visão dele, em condições adequadas para reduzir os juros. Na visão dele, o governo do PT tem ampliado os gastos públicos, expandindo o déficit nominal do País e, por conta desse modelo, não tem obtido condições para reduzir os juros.

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