Alckmin insinua que Lula foge da responsabilidade na segurança

O tucano considera que o problema não está restrito a São Paulo, mas em todas as grandes cidades brasileiras

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Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, encerrou a sua entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira, 07, afirmando que "não vai fugir" à responsabilidade de combater a falta de segurança pública nas grandes cidades brasileiras. Alckmin considera que o problema de segurança não está restrito à capital de São Paulo, mas está presente em todas as grandes cidades brasileiras e acentuou que a legislação que regulamenta a questão é de responsabilidade federal. Alckmin citou números sobre os seus oito anos de governo, afirmando que reduziu o número de homicídios da faixa de 12.800 por ano para cerca de 8.000. Alckmin afirmou também que "faria tudo" para conceder reajuste extra aos aposentados pela previdência social, quando questionado pelos apresentadores do JN por que a oposição insiste em aprovar o aumento de 16,5%, vetado pelo governo, quando o PSDB não adotou essa medida quando era governo. O candidato do PSDB disse que o governo tem adotado "dois pesos e duas medidas" para a questão, afirmando que foram concedidos reajustes a diversos funcionários públicos e agora estaria vetando o aumento dos aposentados. Citou também que a Petrobras, controlada pelo governo, estaria liberando R$ 9,5 bilhões para os aposentados das estatal. Com mais de metade da entrevista de 10 minutos concentrada em questões de segurança pública, Alckmin afirmou que os atentados do PCC na capital paulista nos últimos meses têm fundo eleitoral. Ele considera que as ações dos bandidos visam a jogar a opinião pública contra o governo, usando o termo "terroristas" para qualificar os autores dos atentados. "O que um ladrão ganha quando ataca uma polícia?", indagou o candidato, para reforçar suas afirmações. Para Alckmin o governo do presidente Lula tem sido manchado pela corrupção. "Há quatro ministros de estado do governo atual envolvidos no episódio dos sanguessugas", comentou Alckmin, referindo ao escândalo de liberação de verbas para a compra de ambulância a preços superfaturados. "Antes a tese do PT era de que o partido era diferente. Hoje é que todos são iguais", comentou Alckmin, acentuando que não aceita esse tipo de comparação e sustentando que "não tem compromisso com o erro".

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