Alckmin promete endurecer com o crime organizado

Um dos momentos tensos do debate é quando a senadora do PSOL questiona o tucano sobre segurança pública

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

No segundo bloco do debate, os temas foram livres. A candidata Heloísa Helena (PSOL) escolheu fazer sua pergunta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não compareceu ao debate. O que era para ser uma pergunta, acabou sendo apenas um protesto da senadora: "é importante deixar claro que o presidente precisa ser desmascarado no seu argumento. Falar que ele seria agredido aqui não é possível. Quem se sente muito agredido pelo banditismo político e mensalão é o povo brasileiro. Ele tinha obrigação de estar aqui para explicar o mensalão", disse. Seguindo as regras do debate, Heloísa direcionou nova pergunta, dessa vez para Geraldo Alckmin. O tema foi segurança pública, considerado espinhudo para o ex-governador paulista, principalmente depois de o Estado ter sido alvo de ações integradas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Este é o primeiro momento tenso do debate, quando a candidata acaba pressionando Alckmin, ao dizer que "o PSDB e o PT têm obrigação de reconhecer a irresponsabilidade de 12 anos de governo, em São Paulo. Não estabeleceram políticas sociais para tirar nossas crianças da marginalidade, política. Qual proposta segurança pública?", indagou. Alckim responde dizendo que não sabe o que a senadora fez pela segurança, mas ele "diminuiu o número de assassinatos em São Paulo. O nosso governo enfrentou todos os índices no Estado. Lamento que o Congresso e o Lula tenha piorado a legislação. Eu pretendo fazer o contrário, modificar lei de execuções penais para beneficiar os presos de delitos leves e boa conduta. Progressão para o preso pequeno e endurecer com o crime organizado. E polícia de fronteira para combater o tráfico", disse. Na réplica, Heloísa Helena aproveitou para cutucar novamente o tucano: "precisamos de políticas que diminuam o risco de nossas crianças, educação integral, capacitação, garantir monitoramento, piso salarial digno para policiais, flexibilidade da pena de quem está sendo penalizado por ter roubado um pacote de margarina, para não permitir que as crianças de hoje sejam os Marcolas do futuro". Alckmim rebateu acusando o presidente ausente ao debate de ter abandonado a segurança pública. "Lula demorou quatro anos para fazer um presídio. Quando o governo federal pediu para ficar com o Fernandinho Beira-Mar eu topei. Era para ficar 30 dias, ficou 2 anos. O governo Lula cortou o dinheiro da segurança. Eram R$ 560 milhões para os Estados. Ele só cortou o dinheiro. É preciso coragem moral para prender o ladrão de galinha e o ladrão do crime de colarinho branco", falou o tucano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.