Alckmin reitera denúncias sobre corrupção no horário eleitoral

O tucano apresentou uma reconstituição do caso da compra por petistas do suposto dossiê que envolvia ele e José Serra à máfia dos sanguessugas

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Por Agencia Estado
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O presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira, durante o horário eleitoral na televisão, que a responsabilidade de garantir a segurança é dos Estados, criticou o trabalho dos governos estaduais, especialmente de São Paulo, e prometeu "acabar com a indústria do crime". "Apesar de ser responsabilidade dos Estados, o governo federal tem participado ativamente da segurança pública. A nossa prioridade tem sido corrigir um dos erros mais graves que encontramos: a total falta de integração do trabalho das polícias do País", disse. "Vamos ganhar esta guerra (contra o crime organizado). Não podemos deixar que certas situações, como a de São Paulo, permaneçam como estão. Para isso, vamos continuar fazendo nossa parte, e oferecendo toda a ajuda que for necessária", alfinetou Lula, para quem a luta contra o crime "está acima dos interesses políticos". Um narrador afirmou que esse comportamento é "muito diferente de certos políticos, que hoje se dizem defensores da ordem e da moral, e que ontem faziam o contrário". "O Brasil sabe muito bem quem deixou São Paulo refém do crime organizado, e os paulistas sabem quem mandou engavetar mais de 60 CPIs para que seu governo não fosse investigado", acusou o narrador. Já o programa do ex-governador de São Paulo e candidato pelo PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, destacou os escândalos de corrupção do governo Lula. O tucano apresentou uma reconstituição do caso da compra por petistas do suposto dossiê que envolvia ele e José Serra à máfia dos sanguessugas. "O escândalo do falso dossiê, feito para prejudicar Geraldo Alckmin, já atingiu vários auxiliares do presidente Lula", disse um apresentador, que citou os envolvidos no caso, como Freud Godoy, Ricardo Berzoini, Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Oswaldo Bargas, Expedito Veloso e Jorge Lorenzetti. "E depois de tudo isso, o Lula disse de novo que não sabia de nada, que não viu nada, que não ouviu nada. Mas que presidente é esse que não sabe o que seus homens de segurança fazem?", questionou o apresentador, que em seguida relembrou o escândalo dos correios e do mensalão. Ele citou os nomes de Waldomiro Diniz e Maurício Marinho, e o caso dos dólares na cueca do assessor de José Genoino. Foram citados ainda os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci, Humberto Costa, Anderson Adauto e Luiz Gushiken. Alckmin não falou diretamente sobre os escândalos, mas deixou para apresentar suas propostas do "plano nacional de desenvolvimento", colando mais uma vez em governadores e prefeitos do PSDB e PFL para anunciar obras e medidas para melhor saúde e educação em diversos estados. Ele prometeu medidas para Minas Gerais do governador Aécio Neves (PSDB); para São Paulo com o candidato do PSDB ao governo, José Serra; para o Rio de Janeiro do prefeito César Maia (PFL); para Goiás do governador Marconi Perillo (PSDB); para o Pará com o candidato ao governo do PSDB, Almir Gabriel; para a Bahia do governador Paulo Souto (PFL); e para o Paraná, com o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Tanto Heloísa Helena (PSOL) quanto Cristovam Buarque (PDT) continuaram citando os escândalos de corrupção. "O PT de Lula e o PSDB de Alckmin são iguais, cobrem o País de lama", acusou o narrador do programa de Heloísa.

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