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Alckmin volta a defender reforma tributária

O candidato citou como medidas a serem tomadas a diminuição dos cargos comissionados e a implantação de compras eletrônicas, que ele chamou "uma vacina contra a corrupção"

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira, 31, mais uma vez a reforma tributária. "Nós vamos trabalhar para melhorar a questão fiscal. Os juros no Brasil não caem mais fortemente porque governo gasta muito e mal. Como a política fiscal é ruim, a política monetária é muito dura", disse o tucano, em entrevista ao SBT Brasil. Ele citou a melhoria do gasto público como maneira de reduzir os juros. Alckmin afirmou que, se eleito, pretende apresentar logo no início de seu mandato um proposta de reforma tributária. O candidato citou como medidas a serem tomadas a diminuição dos cargos comissionados e a implantação de compras eletrônicas, que ele chamou "uma vacina contra a corrupção". Questionado sobre o escândalo dos sanguessugas, Alckmin informou que o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, já decidiu que serão expulsos do partido os parlamentares tucanos com participação comprovada na máfia dos sanguessugas. O candidato aproveitou a oportunidade para criticar seu adversário na corrida ao Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas precisa verificar a origem de tudo isso (da corrupção). O dinheiro não nasce no Congresso; o dinheiro nasce no Executivo. Isso é falta de controle do dinheiro no Ministério da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia", disse. E completou: "O Brasil não vai melhorar com escândalos todo dia". O tucano disse que irá realizar também uma reforma política caso seja eleito, com a implantação da fidelidade partidária. Em relação ao horário eleitoral gratuito, que terá início em 15 de agosto, Alckmin afirmou que não vai ficar criticando seus adversários, mas sim apresentar suas propostas e seu projeto para o País, além de abordar o que foi feito nos três anos e meio em que foi governador de São Paulo, "porque, infelizmente, na política há um abismo entre o falar e o fazer". Segurança Os ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital em São Paulo foram fruto da "firmeza do governo", disse Geraldo Alckmin. O candidato tucano à Presidência disse que se deve "asfixiar o crime e não retroceder" na luta contra o crime organizado, e afirmou que, se eleito, irá assumir a responsabilidade pela questão da criminalidade. "Por trás disso, você tem tráfico de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, que são tarefas federais", disse. O candidato criticou a não liberação de verbas por parte do governo federal neste ano para o combate à violência, e se disse disposto a enfrentar o crime organizado. "Todas as grandes cidades brasileiras têm problema de segurança, e o governo federal tem que liderar esse trabalho", afirmou. Ele citou medidas que devem ser implantadas, como a melhoria da inteligência policial e a implantação de um banco de dados, a liberação rápida de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional, além da modernização da legislação.

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