20 de novembro de 2012 | 15h22
As conversações, publicadas mais cedo pelo jornal alemão Handelsblatt, pretendem rearranjar uma complexa rede de acionistas que ficaram sob os holofotes após o colapso da proposta de fusão entre a EADS e a inglesa BAE Systems.
O controle da EADS, fundada em 2000, é dividido entre a fabricante de automóveis Daimler, que representa os interesses da Alemanha com 22,5 por cento de direito a voto, e um consórcio francês que combina 15 por cento do governo e 7,5 por cento da empresa de mídia francesa Lagardere.
A Espanha controla outros 5,5 por cento.
As mudanças sob discussão dissolveriam o acordo de acionistas da EADS pelo menos em sua forma atual.
Tanto a Daimler quanto a Lagardere disseram que querem vender ou reduzir suas participações. O governo alemão quer alcançar paridade com a França, comprando ações controladas pela Daimler. Tradicionalmente, a França se opõe a reduzir sua participação.
Sob o compromisso que agora está sendo discutido, a parcela da França cairia para 12 por cento e a Alemanha compraria cerca de 12 por cento do bloco da Daimler, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas.
Como resultado, as participações dos Estados, incluindo a da Espanha, ficariam logo abaixo do limiar de 30 por cento, evitando assim uma nacionalização confusa e indesejada.
A EADS não comentou as informações.
(Por Noah Barkin, Tim Hepher, Andreas Rinke, Gernot Heller e Ludwig Burger)
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