Alencar espera que Dilma seja ''autêntica, dedicada e brava''

Em entrevista à Rádio Eldorado, vice de Lula, que não pôde comparecer à posse, diz que viu[br]tudo pela televisão

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Por Redação
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A contragosto, o ex-vice-presidente José Alencar teve de acompanhar a posse de Dilma Rousseff pela TV. No início da tarde, os médicos chegaram a estudar a possibilidade liberá-lo. Mas ele decidiu acatar a recomendação médica e permanecer no hospital. Mais tarde, ele conversou com a reportagem da Rádio Eldorado.O senhor acompanhou toda a posse pela televisão?Acompanhei. Foi uma cerimônia belíssima. Demonstra o clima de paz, clima de segurança e de esperança que tomou conta do Brasil. Eu não pude ir, fui proibido aqui pelos médicos. Eu não estava em condições. Ainda que tivesse, até me preparar para ir, comprar a rouba, sapato, para ir a posse da Dilma. Mas eles não me permitiram. E a minha mulher também, porque sou casado, ela falou que não podia. Que se eu fosse, acabava o casamento.Como o senhor se sente agora entregando o poder à primeira mulher presidente do Brasil?Muito bem. Fomos companheiros de ministério e também coordenação política do governo. Então, trabalhamos juntos, durante oito anos. Sou muito amigo dela. Acho que foi um sucesso a vitória dela, mas também para todos os brasileiros.Depois de deixar o hospital, quais são seus planos?Eu tenho 79 anos. E eu, por enquanto, não conheço uma aposentadoria. Dizem que a gente tem direito a se aposentar. Vou mandar ver. Se tiver, talvez é o que eu faça.Que recado dá à presidente?Que ela seja autêntica. Que seja a Dilma. A Dilma trabalhadora, dedicada e brava, tem que ser brava. A bravura é qualidade quando exercida dentro da razão.Como está se sentido agora,?Eu estou no tratamento. Mas espero em breve, já na próxima semana, retomar a quimioterapia, com os remédios fortes contra o câncer. E vamos lutar contra isso.

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