Alexandre de Moraes nega onda de rebeliões e fala em 'morte oportunista'

O ministro afirmou que o que está acontecendo no País é o que se chama, no sistema prisional, de “morte oportunista”, quando, a partir de uma rebelião, os presos começam a querer agir contra os seus desafetos

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Por Isabela Peron
Atualização:

BRASÍLIA - Após um novo massacre em presídios nesta sexta-feira, 6, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que o País esteja vivendo uma onda de rebeliões no sistema prisional. Segundo ele, as trocas de informações com os secretários estaduais de segurança descartam esse risco.

Penintenciária Agrícola de Boa Vista Foto: Cyneida Correia

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O ministro afirmou que o que está acontecendo no País é o que se chama, no sistema prisional, de “morte oportunista”, quando, a partir de uma rebelião, os presos começam a querer agir contra os seus desafetos. 

Para Moraes, que vai viajar a Roraima ainda nesta sexta, as 31 mortes ocorridas no presídio de Boa Vista nesta sexta não foi uma retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) à Família do Norte, autor do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

“Não há uma informação consolidada, exatamente por isso estou me dirigindo à Roraima e depois das reuniões, aí sim, vou ter informações mais consolidadas, mais condições de analisar o quadro geral”, disse.

As declarações do ministro vão de encontro com a avaliação do secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, que disse em entrevista a uma rádio local acreditar que os crimes haviam sim sido cometidos por membros do PCC como vingança pelas 56 mortes ocorridas em Manaus, já que a Família do Norte é ligada ao Comando Vermelho.

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