Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital começou a depor aos deputados da CPI do Tráfico de Armas às 13h47 desta quinta-feira, 8, na área administrativa do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes. Marcola entrou na sala algemado e escoltado por dois agentes de segurança penitenciária. Em seguida, sentou-se em um cadeira em frente à bancada onde estão os parlamentares, mas evitou olhar para os fotógrafos. Ele veste calça cáqui, uniforme do sistema prisional, camiseta branca e tênis prateado. Os deputados afirmaram que só vão encerrar a sessão após a realização de todas as perguntas necessárias. Segundo o presidente da comissão, Moroni Torgan (PFL-CE), a expectativa era de que Marcola colaborasse com a comissão, revelando nomes ou dando detalhes sobre a ação de inimigos no esquema de tráfico internacional de armas. CPI A convocação de Marcola, para depor sobre o crime organizado, foi aprovada no início de maio e estava prevista para o dia 30. Os ataques do PCC impossibilitaram seu depoimento nessa data. Antes que a CPI marcasse nova data, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), invocou razões de segurança e vetou a presença do preso no prédio do Congresso. Após o veto, a CPI cogitou a possibilidade de ouvir o detento na Polícia Federal, em Brasília, ou na Assembléia Legislativa, em São Paulo. Outra sugestão foi realizar o depoimento de Marcola por videoconferência, mas os integrantes da CPI recusaram. Por fim, foi definido que os parlamentares ouviriam o líder do PCC no próprio presídio.