Na reta final da disputa presidencial, a coligação da candidata Dilma Rousseff (PT) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que eleve o limite de gastos para sua campanha. No registro da candidatura, em 5 de julho, a previsão indicou o valor o máximo de R$ 157 milhões. Agora, quer um reajuste superior a 20%, totalizando R$ 191 milhões. O pedido será analisado pelo ministro Aldir Passarinho Junior, relator do processo de registro da candidatura de Dilma. Se a solicitação for aceita, o limite de custos da campanha petista ficará acima do valor máximo de gastos previsto pelo tucano José Serra: R$ 180 milhões. Segundo turno. Na petição entregue na quinta-feira, o advogado da coligação que apoia a petista, Márcio Silva, citou a realização do segundo turno, para "requerer a alteração do limite de gastos declarado nos autos do pedido de registro da chapa majoritária presidencial".Segundo Márcio Silva, o pedido se deve a gastos complementares com organização e divulgação da campanha eleitoral, além da "dificuldade fática" de prever exatamente o montante de doações na modalidade estimável em dinheiro. O advogado diz que o novo limite de gastos seria dividido em um teto de R$ 176 milhões para o PT e outro de R$ 15 milhões para o PMDB. Procurado pela reportagem do Estado, Márcio Silva afirmou que pedidos de alteração no limite de gastos de campanha são comuns e lembra que isso ocorreu nas eleições de 2002 e 2006. O advogado José Eduardo Alckmin, que defende Serra no TSE, afirmou não ter notícias sobre pedidos para aumento do limite de gastos da campanha tucana.