26 de novembro de 2010 | 00h00
Se Dilma ceder a sua vontade de dar um perfil técnico a essa pasta, PMDB e PSB viram os candidatos naturais ao seu controle. Nessa divisão, um ficaria com Portos e Aeroportos e o outro com o Ministério da Integração Nacional.
Para o PT, essa divisão garantiria a recuperação do controle do Ministério das Cidades, hoje comandado por Márcio Fortes do PP. Nesse caso, José de Filippi, tesoureiro de campanha da Dilma, e Aloizio Mercadante são os candidatos mais fortes ao cargo.
Embora tenha dado apoio informal à campanha de Dilma na maioria dos Estados, o PP não formalizou a aliança com o PT em torno da candidatura presidencial. Com isso, não cedeu tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, impedindo o aumento da aparição da candidata no horário gratuito.
Por conta disso, passou a ser visto dentro do Palácio do Planalto como um aliado com menores direitos do que aqueles partidos que sacramentaram a aliança.
Apesar de o ministro Márcio Fortes ter conduzido o Ministério afinado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PP perdeu força política para controlar uma pasta tão forte.
O Ministério cuida, por exemplo, de parte da gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do governo.
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