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Almoço, nas escolas, só no turno intermediário

Nos outros horários, só há lanche

Por Mônica Cardoso
Atualização:

As aulas nas escolas municipais de São Paulo começaram ontem e, pelo segundo ano, o pequeno Igor Iuri de Moura, de 5 anos, frequenta a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Guia Lopes, no bairro do Limão, na zona norte. Durante o horário da aula, das 15h20 às 19h05, ele come a merenda. O lanche de ontem era bolo de laranja, iogurte de morango e banana. "Ele nunca passou mal por causa da merenda", diz a mãe, Ana Paula Cláudia da Silva, de 26 anos. O filho mais velho estudou no mesmo turno e na mesma escola há três anos. A diferença é que, antes da terceirização, a escola oferecia jantar aos alunos, geralmente arroz, feijão, carne e verdura. Agora, o almoço é servido apenas no turno intermediário, das 11 às 15 horas. "As mães foram convidadas a conhecer a cozinha. Eu achei tudo limpo e os alimentos bem armazenados", diz. Marilu da Silva Pedro, de 36 anos, mãe de Bárbara, de 4, diz que a filha também gosta da merenda. "Ela só não come fruta porque não gosta." Antes da terceirização, os agentes escolares preparavam as refeições. Agora, elas são feitas pelos funcionários das empresas que venceram a licitação. Na Emei Guia Lopes, a J. Coan é responsável pela merenda. A quantidade é medida em porções iguais por aluno. Segundo a diretora da escola, Cibele Racy, chega a sobrar alimentos, principalmente no almoço. "Quando temos sobras de frutas ou cascas de ovos, as crianças fazem uma pequena compostagem de adubo natural." Na Emei Maria Montessori, em Itaquera, na zona leste, as mães também aprovam a merenda escolar oferecida pela empresa Nutriplus Alimentação e Tecnologia. A dona de casa Karen Millage, de 32 anos, mãe de Leonardo, de 4, diz que o filho gosta do almoço. O cardápio de ontem foi arroz, feijão e salsicha. "Costumo frequentar as reuniões da Associação de Pais e Mestres e não sei de nenhum aluno que ficou doente por causa da merenda", diz. A pequena Ana Vitória, de 3 anos, também estuda na escola e ontem foi seu primeiro dia de aula. A mãe, Ana Paula Marques de Souza, de 34, conta que a filha teve diarreia e vômito em novembro, mas não sabe se foi por causa da merenda preparada na creche municipal onde a menina ficava. Os alimentos servidos na creche eram repassados pela própria Prefeitura.

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