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Alugar cachorro pode ser opção para proteger a casa

Empresa cobra R$ 800 para manter um rottweiler treinado, durante um mês, na residência

Por Bruno Paes Manso
Atualização:

Durante as férias, contratar um vigilante para tomar conta de casa pode ser uma missão complicada e custosa. Um serviço eficiente de vigilante particular demanda três homens que se revezam em turnos de 12 horas a cada dois dias. Ao longo de um mês, as despesas desse serviço podem variar entre R$ 4,5 mil e R$ 5 mil. Não é à toa que vizinhos costumam dividir a despesa para que vigias tomem conta de uma ou mais ruas. Serviço ainda pouco usado nas residências em São Paulo, os cachorros de aluguel costumam ser mais usados para vigiar grandes áreas de empresas, construções ou para acompanhar vigilantes de empresas de segurança privada. "Existe um bom mercado para aluguel de cachorros em empresas. Por isso não divulgamos os serviços para as casas. Mas em uma residência o cachorro pode ser mais barato e eficiente do que um segurança particular", afirma o empresário e adestrador Eugênio David Minet, de 47 anos, dono da Cão Leão. Para alugar o cachorro durante um mês para uma residência, a Cão Leão cobra R$ 800. A diária é ainda mais salgada, variando de R$ 60 a R$ 70. Com um portfólio de 150 cachorros de aluguel, composto de 120 cães rottweiler e 30 pastores alemães, Minet explica que a mensalidade acima de um salário mínimo para os serviços de um cachorro compensa, porque no ramo na segurança privada o principal produto oferecido é o medo. Os dentes afiados, a cara feia e a irracionalidade de um cachorro bravo podem ser mais persuasivos para um ladrão em potencial do que a presença de um vigilante. "Sem contar que muitas vezes os ladrões vão em cima do vigilante porque estão atrás de armas", diz. Quando o cliente quer alugar um cachorro para casa, os pastores alemães são descartados, porque latem demais e incomodam os vizinhos. O aluguel só é recomendado para residências onde os moradores não estejam em casa. Um funcionário passa diariamente pelo local para alimentar e limpar as fezes dos cachorros. São escolhidos os rottweilers que atacam sem a necessidade de ordens. Antes da viagem, os treinadores fazem ainda simulações de invasões nos lugares mais vulneráveis da casa, para deixar o cachorro mais atento. Mesmo assim, a possibilidade de um ataque é sempre remota. Em 22 anos no ramo, Minet afirma que somente dois invasores foram atacados e um cachorro foi assassinado. "O mais importante é a presença da fera. Na hora de escolher entre as diversas casas a serem assaltadas, o ladrão vai escolher aquela onde não corre o risco de ser mordido."

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