
22 de julho de 2011 | 17h20
BELO HORIZONTE - O estudante universitário Amilton Loyola Caires, de 23 anos, terá que ficar pelo menos três anos internado e um hospital psiquiátrico. O rapaz matou o professor de Educação Física Kássio Vinícuis Castro Gomes, de 39, mas, para a Justiça, ficou comprovado que o acusado sofre de esquizofrenia e não pode ser responsabilizado pelo crime.
O assassinato ocorreu em dezembro do ano passado, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no bairro de Lourdes, área nobre de Belo Horizonte. Caires esfaqueou o professor no corredor da faculdade e foi preso na madrugada seguinte, em casa. Ele alegou que era "perseguido" pelo docente.
Em audiência no II Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na capital mineira, o rapaz prestou depoimento "bastante confuso" repetiu que se sentia "perseguido" e "humilhado" pelo professor dentro da sala de aula e assumiu o crime.
Mas tanto a defesa quanto o Ministério Público entenderam que o réu deveria ser absolvido com base em laudo psiquiátrico segundo o qual o estudante é "portador de transtornos mentais que o tornam inimputáveis". Segundo o laudo, a esquizofrenia é uma doença que "tolhe a capacidade de entender o caráter ilícito de seus atos".
Com base no laudo, o juiz sumariante substituto Glauco Eduardo Soares Fernandes concordou com o MP e a defesa e determinou a internação. Até então, Amilton estava detido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
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