Amante é condenada a indenizar mulher traída em Goiânia

Segundo magistrado, entretanto, condenação foi decidida pelo comportamento da amante e não pela traição

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Por Rubens Santos
Atualização:

O juiz José Luiz Silva, da 3ª Vara Cível de Goiânia, condenou a vendedora M.F. a pagar R$ 31.125,00 por danos morais à esposa do amante, a professora F.C. A reparação foi requerida em ação de indenização onde F.C. alegou, entre outras coisas, que na condição de amante de seu marido, o médico M.C., a vendedora passou a lhe perseguir. Como a sentença é de primeira instância, cabe recursos às duas partes da ação.   No processo judicial tudo teria começado, segundo a professora, quando a história veio à tona, há cinco anos. "Ela (a vendedora) me ligou e disse que tinha um caso com meu marido", afirmou a professora durante depoimento dado ao juiz. A partir daí, relatou, além do desequilíbrio emocional gerado pelo caso viveu dias de terror pela perseguição diária e implacável da amante do marido.   "Como o casamento não se desfez como pretendia, ela [a amante] começou a me perseguir", relatou a mulher do médico. Também revelou ao juiz que o casal inicialmente enfrentou o conflito da traição para resguardar os dois filhos. E assim manter as aparências, levantar a cabeça, além de alimentar - em meio à dor da descoberta da traição - a esperança de retomar a vida familiar conjunta, que na época já durava 18 anos.   A fúria da amante, no entanto, segundo a mulher traída, aumentou com novas investidas sobre ela em seu local de trabalho. O que a teria exposto à zombaria e à humilhação de seus colegas, e mesmo de familiares do casal. Como resultado, optou em deixar o emprego, o marido e a cidade. Assim, saiu de Goiânia para morar em Brasília (DF).   De acordo com o juiz José Luiz Silva, foi o comportamento agressivo da amante do médico, "e não a traição", que garantiu a condenação à indenização da mulher traída. A vendedora, de acordo com o juiz, investiu várias vezes contra a mulher do médico, visando desestabilizar o casamento, o equilíbrio emocional e ainda "fragilizar e periclitar até mesmo o relacionamento mãe e filhos", afirmou José Luiz Silva, juiz da 3ª Vara Cível de Goiânia.

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