Amigos de empresário morto em Paraty apostam na delação do culpado

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Por Marcelo Auler
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O empresário paulista Luiz Oswaldo Pastore acredita que em poucos dias surgirão informações sobre a embarcação que no último dia 31, na praia do Saco de Mamanguá, em Paraty, região sul do estado, atropelou e matou o seu hóspede, o empresário alemão Christian Martin Wölffer, de 70 anos. Nas suas previsões, o barco causador do acidente sofreu avarias e necessitará de conserto. "Eu acredito que em mais três ou quatro dias algum marinheiro vai saber. Ninguém fica impune, vão ter de arrumar o barco, a pancada foi grande. Seguramente ninguém passa em cima de alguém de 90 quilos impune. Quando você pega um coco já sente. Em algum lugar eles vão ter que consertar o barco e alguém vai abrir o bico", comentou ontem, ainda emocionado com a morte do amigo de mais de 15 anos, por telefone, com a reportagem do Estado. Wölffer estava hospedado na casa de Pastore junto com o casal de atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima. Também estava ali para um almoço de fim de ano o engenheiro José Kalil Filho. O empresário alemão nadava a 150 metros da praia quando começou a pedir socorro. O casal socorreu o empresário - Hilbert a nado e Fernanda em um caiaque -, levando-o para a areia. Um barco de Kalil Filho o conduziu até a foz do rio Pereque-Açu, local em que é possível o acesso de carro. Ali, uma ambulância, providenciada pela médica Renata Bittencourt Pataleo - esposa de Kalil - levou o alemão para a Santa Casa de Paraty, onde ele chegou morto. Wölffer morava nos Estados Unidos, onde tinha um dos vinhedos mais conhecidos do mundo, em Nova York. "Estamos muito tristes e chocados, foi uma brutalidade. Fizemos o que podíamos, mas, para nossa perplexidade e impotência, nada mais poderia ser feito", disseram Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima em comunicado divulgado pela assessoria. Ontem, policiais da Delegacia de Paraty e militares da Capitania dos Portos visitariam a casa de Pastore à tarde para ouvir o depoimento daqueles que assistiram ao acidente. Pastore, porém, garantiu não ter nenhuma informação sobre a embarcação. "Não tenho nada a esconder, mas seu eu tivesse alguma informação, já teria declarado alguma coisa". O inquérito policial deve ser concluído em 30 dias.

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