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Anac diz que situação melhorou; atrasos aumentam

No Rio de Janeiro, atrasos chegam a 9 horas na manhã desta quinta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou nesta quinta-feira que o dia já começou bem melhor nos aeroportos brasileiros, em relação aos dois últimos dias. Porém, o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, tinha atrasos de até 9 horas. A situação piorou no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. Às 10 horas, 13 partidas tinham atrasos de uma hora e meia a 2 horas, porém as chegadas não tinham problemas. O maior desconforto era a falta de informações nos painéis da Infraero, já que os vôos atrasados não apareciam, fazendo com que os passageiros não tivessem a confirmação do horário de embarque. Com isso, as pessoas passaram a fazer o check-in sem ter a confirmação, esvaziando o saguão do aeroporto e lotando as salas de embarque. Às 9 horas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, 14 vôos entre pousos e decolagens estavam atrasados. As filas eram imensas, com alguns passageiros que tentavam embarcar há três dias. No Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo, as filas eram longas, causando irritação entre os passageiros. O incômodo era ainda maior por conta de uma pane no sistema de ar condicionado, fazendo com que as pessoas enfrentassem o forte calor no Estado, segundo informações da TV Record. Em Brasília, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, não foi registrado tumulto, como nos últimos dias. Até às 8 horas, só foram registrados dois vôos fora do horário programado. Anac "Nunca houve nada assim, em termos de pane de sistema, como o que ocorreu na terça", disse Zuanazzi, ao iniciar sua palestra sobre Política de Transporte Aéreo, no 6º Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Transporte Regional (Abetar). Ele voltou a criticar o que chamou de "terrorismo" como conseqüência das denúncias de que pontos cegos no espaço aéreo nacional colocariam em risco a segurança de vôo no Brasil. "Isso não tem base alguma, porque sendo assim o espaço aéreo sobre o oceano é totalmente cego", afirmou, se referindo ao fato de não haver equipamento de radar monitorando aviões com destino a Europa. Zuanazzi afirmou à platéia de executivos da aviação regional que as reivindicações dos controladores de vôo são justas. Segundo ele, basicamente a categoria quer uma carreira de estado e ter com isso uma melhora nas condições de trabalho. "Existem reivindicações que acho justas, mas que estão sendo estudadas por uma comissão do governo", afirmou. O presidente da Anac ainda anunciou, sem dar detalhes, que o governo estuda a descentralização dos Cindactas, como forma de minimizar os prejuízos, quando ocorrerem defeitos técnicos, como o da última terça-feira, em um desses centros de controle. Atualmente existem quatro Cindactas (Brasília, Recife, Manaus e Curitiba) que dividem o controle do espaço aéreo brasileiro. Zuanazzi disse que está se estudando reabrir os Cindactas em Belém, Porto Alegre e São Paulo.

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