Anac e Procon discordam na avaliação dos vôos atrasados

Agência de aviação contabiliza atrasos a partir de uma hora; mas, o Procon considera que espera de 40 minutos já fere o Código de Defesa do Consumidor

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que entre a meia-noite de segunda-feira e 10h30 desta terça-feira, 12,1% dos vôos do País estavam com atrasos de mais de uma hora, o que representa 71 vôos de 585 programados para o dia. Do total programado, 24 vôos foram cancelados, o equivalente a 4%. O boletim parcial divulgado no começo da tarde desta terça-feira reduz significativamente o percentual de atrasos, mas não pelo fato de a situação nos aeroportos ter se normalizado, mas sim porque a agência contabiliza somente os vôos com atrasos acima de uma hora. De acordo com a Fundação Procon-SP, atrasos superior a 40 minutos já são considerados acima do tolerável e ferem os direitos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). De acordo com o boletim divulgado, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, dos 84 vôos previstos para esta terça-feira, 9,5% estavam com atraso de mais de uma hora. No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, dos 64 vôos previstos 17,2% estavam com atraso. No Aeroporto do Rio de Janeiro, no Galeão, de 52 vôos, 9,6% tiveram atraso; em Brasília, de 35 vôos, 11,4% atrasaram no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Desde segunda-feira, a Anac passou a ser a responsável por divulgar os balanços de vôos atrasados nos aeroportos, após o acordo feito na quarta-feira, 22, entre órgãos do governo e as companhias aéreas. Vale lembrar, no entanto, que a própria Infraero considerava, antes da crise aérea, atrasos acima de 20 minutos como fora do normal. No entanto, com os problemas nos aeroportos brasileiros, desde o final do mês de outubro, a Infraero começou a dividir os atrasos em blocos de 15 a 30 minutos, de 30 a 45 minutos e acima de 45 minutos.

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