''''Anac virou balcão de negócios'''', diz líder aliado

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Por Redação
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O tom das críticas à Anac subiu entre os deputados da base governista. "A Anac virou um balcão de negócios do sistema aéreo brasileiro", disse Luciano Castro (RR), líder do PR na Câmara. Durante reunião do Conselho Político do governo, na quinta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez um duro diagnóstico sobre a agência aos parlamentares dos 11 partidos da coalizão. "Não sei por que criaram essa Anac", chegou a afirmar no encontro o ministro. As críticas ora são porque a agência seria falha na fiscalização das empresas aéreas, ora por suposta conivência dos diretores com os interesses das companhias e incapacidade da Anac de lidar com a crise. "Pela ausência de serviços prestados, a Anac se revela desnecessária", afirmou o líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ). Para ele, trata-se de " uma agência exótica", pois foi criada em uma atividade que já era exercida por empresas privadas, diferentemente de outras agências, que surgiram para regulamentar setores que passaram por privatização. Durante sua exposição aos deputados, Jobim também admitiu o excesso de concessões de linhas aéreas - uma atribuição da Anac. A escolha política dos diretores da Anac é apontada como outra falha entre os deputados da base de Lula. "Eles foram, de certa forma, cooptados pelas empresas", disse um governista que acompanha as discussões sobre as agências.

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