Angra demolirá 500 casas em encostas; mortos chegam a 50

Prefeito promete abrigos para quem está com a casa interditada e pede recursos federais para habitação

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Por Alfredo Junqueira e de O Estado de São Paulo
Atualização:

O prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão (PMDB), anunciou nesta segunda-feira, 4, que deve demolir pelo menos 500 casas construídas na encosta dos 15 morros do centro histórico da cidade. Segundo ele, todas essas construções estão em áreas de risco e podem desabar caso ocorram novas chuvas no município.

 

Cerca de 50 pessoas morreram no município em decorrência das chuvas que atingiram a região na madrugada do dia 1º.

 

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Cercado por moradores do Morro da Carioca - onde 21 pessoas morreram na virada do ano - que cobraram providências para a realocação de desabrigados, Jordão disse que vai oferecer aluguel social e novos abrigos da prefeitura para quem está com a casa interditada.

 

Nesta segunda-feira, os bombeiros resgataram mais três corpos que estavam soterrados no local, elevando de 18 para 21 o número de mortos no centro da cidade.

 

O prefeito também se queixou do que chamou de "morosidade" da Caixa Econômica Federal (CEF) na liberação de recursos para dois projetos habitacionais na cidade. Ainda de acordo com Jordão, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, deverá visitar o município na quinta-feira para anunciar a liberação de recursos federais para a reconstrução das áreas afetadas.

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As estimativas da prefeitura indicam que serão necessários R$ 250 milhões para reparar os prejuízos.

 

Buscas continuam

 

Nenhum dos três corpos encontrados nesta segunda-feira constavam da lista inicial dos bombeiros, que continuam as buscas no local e esperam encontrar mais corpos. Dos três, apenas um foi identificado: Carlos Henrique Narciso, de 12 anos. Com os novos resgates, sobe para 50 o número de mortos na cidade - outros 29 óbitos ocorreram na Praia do Bananal, na Ilha Grande.

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