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Ao retirar documentos, idosa escapa da prisão

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Por Redação
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Ivone Tomaz, de 75 anos, voltou a ser cidadã em Ribeirão Preto. Na quarta-feira, tirou nova certidão de nascimento. Ontem, tirou RG e o CPF no Poupatempo. Sua história comoveu vizinhos e a imprensa: a casa onde mora com o marido nem energia tinha, e ser sepultada como indigente a aterrorizava. Mas, ontem, no Poupatempo, a impressão digital revelou seu passado: um latrocínio e o homicídio do ex-companheiro. Por dois dias, escapou de ser presa - o último crime prescreveu na quarta-feira. Os crimes devem ter ocorrido entre os anos 70 e 80. Condenada a 20 anos pelo latrocínio, passou 12 deles presa, até obter, em 1994, o benefício da Prisão Albergue Domiciliar (PAD). Como não se apresentou ao fórum, novo mandado de prisão foi expedido. Se a certidão de nascimento tivesse saído na segunda, como previsto, ela teria ido antes ao Poupatempo, o que lhe custaria a liberdade. De volta à casa reformada por vizinhos, ela poderá pedir ao governo reforço na renda, de R$450. Se a caridade das pessoas vai continuar, é outra história.

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