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Apartamentos, as novas casas suspensas

Por Wilson Marchi
Atualização:

Viver nas grandes metrópoles tem sido objeto de muitas reflexões e experiências urbanísticas e arquitetônicas ao longo dos últimos anos. As formas de habitar e conviver nas cidades, fruto das condições sociais, econômicas, culturais e da inter-relação entre os diversos agentes, sofrem transformações constantes. Os elevados custos de produção do espaço urbano condicionam a verticalização e o adensamento populacional. A ineficiência do Estado em gerenciar a segurança e os espaços públicos de lazer e esportes, entre outras atividades, obrigam a alternativas privadas para supri-las. As pessoas buscam o atendimento de suas necessidades como espaço digno para morar, repousar, conviver em família e com os amigos, viver em segurança e com conforto, associadas às práticas esportivas, atividades sociais e culturais. Este espaço idealizado e sonhado pela grande maioria das pessoas ainda é a casa e sua relação com a rua, às praças e com a cidade. O sonho da casa está associado à privacidade, à liberdade, ao cultivo do jardim, do animal de estimação, das crianças brincando no quintal, do churrasco no fim de semana, das festas e das reuniões familiares, entre muitas outras. Complementadas pela praça e pelo clube do bairro com seus campos, quadras, piscinas, salões de festas, jogos, etc. No entanto, o custo elevado dos terrenos obriga a solução dos edifícios de apartamentos e a questão da segurança origina os condomínios verticais fechados, que passam a integrar o máximo de atividades em seu interior. Criar espaços que permitam aos moradores se sentirem em liberdade, segurança e harmonia com o que lhe traz paz e conforto é a obrigação do arquiteto ao desenvolver projetos. Neste sentido, desenvolvemos nos projetos de empreendimentos imobiliários, espaços que se aproximem do conceito da casa, do clube e do jardim. EVOLUÇÃO DOS ESPAÇOS No âmbito do apartamento, a partir do padrão médio, houve um grande desenvolvimento dos terraços, que cresceram, incorporaram a churrasqueira e se integram perfeitamente à sala de jantar e de estar ou home theater, possibilitando um amplo ambiente de convívio e lazer, além da visualização da paisagem, numa clara referência ao quintal. Complementando o apartamento, o programa do térreo é extenso com inúmeros usos e espaços destinados a atender às expectativas e necessidades de todas as faixas etárias dos moradores. O conceito de clube é aplicado com a implantação de atividades esportivas como a quadra poliesportiva, o parque aquático com piscinas cobertas com raia semi-olímpica, piscina infantil, salão de ginástica equipado, pista de cooper, entre outros. O conceito de jardim é desenvolvido com a implantação de praças arborizadas, fontes, espelhos d?água, bosques, jardins e são espaços que estão associadas às áreas sociais como o salão de festas, churrasqueira, quiosque, gazebo, salão de jogos, playground, recreação infantil, etc. Além disto, há espaços destinados ao bem estar físico e mental como, por exemplo, o "beauty care" (salão de beleza dentro do condomínio), sala de massagem, spa, saunas, pequenos escritórios, salas de aula, ateliê de artesanato, entre outros. A integração de todos estes espaços é de responsabilidade do arquiteto que ao interpretar os desejos e necessidades dos futuros moradores, bem como, tendências e necessidades dos incorporadores, construtores e as relações do condomínio com a cidade, sintetizará em um projeto que propiciará ao morador de apartamentos a sensação de morar em uma casa térrea com conforto, segurança e facilidades à sua disposição. Uma casa que paira no ar. *Wilson Marchi é arquiteto e diretor da Elizabeth Goldfarb EGC Arquitetura

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