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Após 33 horas, termina rebelião de presos em Minas

Por Agencia Estado
Atualização:

Após cerca de 33 horas, a Polícia Militar anunciou, no final da tarde desta terça-feira, o fim da rebelião na Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí, a 653 quilômetros da capital mineira, na região noroeste do Estado. Os dois agentes penitenciários que eram mantidos reféns foram libertados, sem ferimentos. Durante o motim, num acerto de contas, quatro detentos foram mortos pelos colegas. De acordo com informações do 28º Batalhão da PM de Unaí, os presos desistiram de exigir a substituição do diretor do presídio, o coronel da reserva Geraldo Antônio de Oliveira, e, por volta das 17h40, decidiram pôr fim à rebelião, libertando os agentes. O funcionário Rodrigo Maciel Bertoldo, de 26 anos, foi libertado pela manhã, e Walter de Souza Rocha, de 23, à tarde. A PM manteve o policiamento reforçado no presídio e informou que fará nesta quarta-feira uma revista nas celas. Até o final da tarde desta terça os presos mortos não haviam sido identificados. Os rebelados apresentaram uma pauta com 15 reivindicações ao tenente-coronel Evandro Jaques Mendonça, que comandava as negociações. Policiais e presos chegaram a acordo em 14 itens. Entre as exigências, os amotinados cobravam a transferência para outros presídios do Estado, a revisão de algumas penas e o aumento do número de visitas íntimas durante o período do carnaval. Os 265 presos dos quatro pavilhões que integram o regime fechado do presídio participaram da rebelião, que teve inicio por volta das 8h20 desta segunda-feira. Este foi o quarto motim em penitenciária de Minas somente neste ano. Na semana passada, o subsecretário de Administração Penitenciária, Agílio Monteiro, prometeu adotar um tratamento ?linha-dura? para os presos do Estado. A Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior foi inaugurada em 1994 e abriga 440 presos. A capacidade, segundo a PM, é de 500 detentos.

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