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Após 8 anos, caso de seqüestro em maternidade é resolvido

Por Agencia Estado
Atualização:

O resultado do exame de DNA comprovou que o garoto Erik foi mesmo levado do Hospital Santo Amaro, do Guarujá, oito anos atrás, por Silvânia Clarindo de Souza, que confessou ter subtraído outras duas crianças de hospitais da Baixada Santista. A mãe biológica de Erik, registrado anteriormente como Alexsandro, Ana Paula Vital, recebeu hoje a documentação. Ela está pedindo a guarda provisória da criança enquanto o processo não é concluído. O drama de Ana Paula começou no dia 28 de fevereiro de 1996, quando ela tinha apenas 14 anos de idade. Ela havia tido seu bebê no dia anterior e, enquanto o amamentava, uma falsa enfermeira entrou no quarto e levou a criança. Foi a última vez que ela viu Alexsandro. Em janeiro, a polícia localizou o menino Filipe num barraco no Guarujá e foi divulgada a foto de Silvânia como autora do crime de "subtração de incapaz". Ana Paula reconheceu Silvânia como a falsa enfermeira que havia levado seu filho da maternidade. A polícia já desconfiava que outros filhos de Silvânia, registrados como nascido em sua casa, poderiam ter outras mães biológicas. As investigações acabaram evidenciando que esse era o caso de Erik. Só oito anos depois de ter seu filho levado é que Ana Paula teve outro contato com Alexsandro. Foi quando colheram sangue para exame de DNA. "O Alexsandro foi muito simpático, me abraçou e me deu um pirulito", conta a mãe. Só que, ao perceber que poderia ter o mesmo destino de Filipe, seu irmão de criação, o garoto ficou arredio. Colhido o material, Alexsandro foi para o abrigo do Conselho Tutelar, onde está até hoje. Segundo o advogado Renato Santos de Azevedo, da ONG Pão da Vida, que cuida do caso de Ana Paula, a guarda provisória deve sair entre 30 e 40 dias.

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