Oito anos depois da tragédia envolvendo o seqüestro do ônibus 174, no Rio, a família da professora cearense Geísa Firmo Gonçalves, morta aos 20 anos, durante uma ação desastrosa da polícia carioca, ainda não recebeu a indenização a qual tem direito. O pai dela, Gilson Martins Gonçalves, que mora na capital cearense, ganhou em todas as instâncias legais o direito a R$ 100 mil por danos morais além de uma pensão vitalícia de três salários mínimos. Mas o governo do Estado do Rio de Janeiro, considerado culpado pelo incidente, ainda não cumpriu a sentença. Gilson diz que tem passado por dificuldades financeiras. O seqüestro do ônibus 174 aconteceu no dia 12 de junho de 2000. Geísa e outros passageiros ficaram reféns por quatro horas e meia sob a mira do revólver do bandido Sandro do Nascimento. Na saída, ele usou a professora como escudo. Ao descer do ônibus, um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tentou atirar em Sandro, mas acabou acertando a refém.