Após acidente, PM acha 8,5 toneladas de maconha

Droga, escondida entre carga de banquinhos de madeira, estava sendo levada para a Favela de Paraisópolis, quando motorista perdeu a direção

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Por Bruna Ribeiro
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Por causa de um freio quebrado, as 8,5 toneladas de maconha que seriam distribuídas anteontem na Favela de Paraisópolis, zona sul da capital, foram apreendidas pela Polícia Militar. Tudo porque o motorista perdeu o controle do caminhão e bateu em quatro veículos na Rua Dr. José Carlos de Toledo Piza, altura do número 300, no acesso à favela. Como os donos dos carros atingidos queriam agredir o motorista do caminhão, policiais foram chamados para conter o tumulto. Ao examinarem o veículo, encontraram blocos de maconha escondidos entre 2.400 banquinhos de madeira, que acabaram saqueados. Foi a maior apreensão da droga do ano no Estado. O motorista, José Antônio de Almeida, de 29 anos, foi autuado em flagrante e responderá por tráfico de drogas, sujeito a pena de 5 a 15 anos. Ele disse que recebeu R$ 100 para levar o veículo por um percurso de aproximadamente 300 metros, até uma outra rua. "Como queriam bater no motorista, o dono da carga, que é morador da favela, falou para ele ir embora e pediu para eu levar o caminhão. Quando estava estacionando, a polícia chegou e me prendeu." Almeida disse que não sabia que havia drogas na carga e pretende procurar um advogado. "Acredito que serei solto, pois não tenho culpa de nada." O suspeito não tem passagem pela polícia e trabalha como borracheiro. Ele disse que já consertou, algumas vezes, o carro do dono da mercadoria. Contou ainda que não é morador da favela e estava lá aguardando o proprietário de uma casa, que pretendia alugar. Os PMs que atenderam a ocorrência afirmaram que a apreensão foi de 9,8 toneladas de maconha; a Polícia Civil, no entanto, informou que a pesagem oficial do Instituto de Criminalística apontou 8,5 toneladas. Nenhum dos proprietários dos veículos envolvidos no acidente compareceu à delegacia. Segundo o delegado do 89º DP, onde o caso foi registrado, a carga, de acordo com a nota fiscal, veio de Mato Grosso do Sul.

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