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Após as prisões, Brás fica sem fiscalização

Por , Charlise Morais e Vitor Hugo Brandalise
Atualização:

No dia seguinte à prisão e exoneração de Felipe Eivazian, ex-chefe da unidade técnica de fiscalização da Subprefeitura da Mooca, os camelôs ilegais da região do Brás puderam respirar aliviados: por falta de alguém que pudesse chefiar as equipes de agentes fiscais, as vistorias foram simplesmente suspensas. Segundo a assessoria de Imprensa da Subprefeitura da Mooca, não havia condições de trabalhar ontem, com a equipe "desfalcada e sem comando". Ao todo, com a prisão de três fiscais, ainda trabalham na subprefeitura da Mooca pelo menos 17 agentes vistores. O subprefeito Eduardo Odloak alegou que já solicitou reforços à Secretaria de Coordenação de Subprefeituras. Na segunda-feira, ele espera que os trabalhos dos fiscais sejam retomados. O promotor José Carlos Blat já solicitou às Promotorias da Cidadania e de Habitação e Urbanismo informações sobre procedimentos tomados por outras subprefeituras. O objetivo dele é apurar denúncias de focos de corrupção em outras subdivisões da administração. Durante todo o dia de ontem, os policiais receberam inúmeras ligações de pessoas interessadas em oferecer informações sobre o esquema da Mooca. Ao longo da semana, a polícia vai investigar os indícios. O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, esteve anteontem no 91º DP e disse que vai aproveitar a situação para fazer uma "limpeza", referindo-se a outros possíveis esquemas. Ontem, no 30º Tanabata Matsuri, o Festival das Estrelas, na Liberdade, zona sul da capital, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) voltou a dizer que todos os integrantes da administração pública que estiverem envolvidos em esquemas serão punidos. "Não importa qual cargo tenham, farei como nesse caso (do Brás), em que mandei afastar todos os servidores suspeitos."

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