Após atentado, prefeito de Dourados é transferido

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Por João Naves de Oliveira
Atualização:

Preso sob acusação de fraudes em concorrências públicas, recebimento de propinas, entre outros crimes, o prefeito de Dourados, em Mato Grosso do Sul, Ari Artuzi (PDT), foi transferido às pressas da sede da Polícia Federal na cidade para a capital, por medida de segurança, conforme informações da PF. Ele está isolado em uma cela do 3.º Distrito Policial de Campo Grande. Segundo Carlos Marques, seu advogado, Artuzi está deprimido. A transferência foi decidida depois que quase 100 pessoas apedrejaram e tentaram incendiar a casa de Artuzi. Um pelotão de choque da Polícia Militar conteve os ataques. As duas filhas do prefeito estavam no local. As filhas de Artuzi foram levadas para a casa de parentes. A mulher do prefeito, Maria, também foi presa pela Operação Uragano, desencadeada pela PF na madrugada de quarta-feira.Maria é acusada de retirar R$ 9 mil da Secretaria Municipal de Saúde, para "turbinar os seios", conforme a denúncia contida no processo que apura a atuação do grupo de 29 pessoas, composto por cinco secretários municipais, nove vereadores, além de empresários. Segundo a PF, o prefeito recebia, pelo menos desde 2009, R$ 500 mil por mês em propinas.O dinheiro era fruto de concorrências fraudulentas, que beneficiavam construtoras, empresas de prestação de serviços e fornecedores. Os acusados, de acordo com as investigações, recebiam ao menos R$ 2 milhões por mês. DVDs entregues à PF mostra os acusados recebendo dinheiro.

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