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Após confronto com professores, Câmara do Rio amanhece cercada por policiais

Depois de confusão com nove detidos na noite dessa segunda-feira, acessos foram bloqueados; categoria é contra plano de cargos e salários, a ser votado nesta terça

Por Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - Após os confrontos de segunda-feira, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira, 1, cercada por grades e por dezenas de policiais militares. Grades impedem totalmente a circulação de pessoas nas Ruas Alcindo Guanabara e Evaristo da Veiga, no trecho entre a Praça da Cinelândia e a Rua Senador Dantas, onde ficam as entradas laterais do Palácio Pedro Ernesto. Um grupo monta acampamento nas escadarias da entrada principal, na Cinelândia. Mais tarde, está prevista a votação na Casa do Plano de Cargos e Salários dos professores da rede municipal, enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) em regime de urgência. A categoria está em greve contra o plano e pretende acompanhar a votação no plenário.

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Quem trabalha em prédios situados na região com circulação impedida reclama que não está conseguindo chegar ao trabalho.

Nesta manhã um grupo de professores faz apelos aos PMs da Tropa de Choque, pedindo que seja autorizada a entrada deles na Câmara. "Estamos lutando para uma escola melhor para os filhos de vocês, policiais", dizem. Os PMs apenas observam a pequena manifestação.

O clima é tranquilo na região nesta manhã, bem diferente do tumulto dessa segunda-feira, quando a polícia utilizou sprays de pimenta para dispersar os manifestantes.

Segundo a PM, oito pessoas foram detidas na confusão - nenhuma era professor. Nove policiais foram feridos por pedras e coquetéis molotov e atendidos no hospital central da corporação. Uma viatura da polícia foi depredada. Um grupo de Black Blocs se juntou ao protesto dos professores.

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