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Após fim do bloqueio de sinal, 9 celulares são apreendidos em presídio

Agora o procedimento voltará ao normal: revista nas pessoas que visitam os presos e nos objetos que chegam pelos correios aos presos

Por Agencia Estado
Atualização:

Com o fim dos bloqueios dos sinais de celulares na noite de quarta-feira, 07, a rotina voltou aos presídios do interior de São Paulo. Apesar dos ataques e das rebeliões em massa no mês passado, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou na noite desta quinta-feira que o novo secretário, Antônio Ferreira Pinto, não recomendou nenhuma nova ação para barrar a entrada de aparelhos celulares nas prisões do Estado. O procedimento continuará sendo o padrão: revista nas pessoas que visitam os presos e nos objetos que chegam pelos correios aos presos. Mesmo assim, nove aparelhos foram apreendidos nesta quinta-feira, 08, dentro de encomendas de Sedex para detentos da Penitenciária de Assis, no extremo oeste Paulista. Os aparelhos estavam escondidos dentro de potes de maionese - seis deles - e enrolados em cobertores - três -, que seriam enviados para seis detentos. No entendimento da SAP, não há como fazer blitze mais eficientes para impedir a entrada dos celulares. Atualmente, familiares que visitam os detentos têm as roupas retiradas, se agacham e passam por aparelhos detectores de metais. O procedimento, segundo os agentes, não impede a entrada dos aparelhos, geralmente escondidos no corpo com papéis de carbono (para burlar o detector), que não caem quando as pessoas se agacham. Advogados não passam por revista pessoal, são submetidos apenas aos detectores de metais, ao contrário dos funcionários de presídios que passam por revistas pessoais com roupas. "A culpa é da lei. Não se pode revistar advogado, que pode levar tranqüilamente o celular nas roupas, nem tocar no corpo das visitas que levam aparelhos e drogas escondidas dentro do corpo. A gente faz até onde a lei permite", comentou o diretor de um dos seis presídios cujas ligações de celulares foram bloqueadas pela Justiça nos últimos 20 dias. "As revistas sempre são feitas com rigor, mas os agentes, por conta dos últimos acontecimentos, estão por conta própria fazendo o trabalho mais minuciosamente", comentou na quarta-feira o coordenador das Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo, José Reinaldo da Silva.

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