08 de maio de 2011 | 00h00
O cenário agora é diferente. Existem mais oportunidades de trabalho, o que deve servir como estímulo para a busca de capacitação profissional e escolaridade. Os serviços de assistência social também aperfeiçoaram os sistemas de cadastramento, o que permite chegar mais facilmente aos mais pobres.
Outra diferença é que o governo está mudando a forma de olhar para as áreas de assentamento da reforma agrária, que, em vários lugares do País, especialmente na Amazônia, se transformaram em focos de extrema pobreza e não em centros produtores de alimentos. Na entrevista das duas principais articuladoras da Brasil Sem Miséria, Tereza Campello e Ana Fonseca, publicada nesta edição, chama a atenção o destaque que dão à entrada em cena da eficiente Embrapa, para estimular a produção dos mais carentes. Curiosamente, a medida aproxima os assentamentos do Ministério da Agricultura, do qual o Movimento dos Sem-Terra sempre quis distância.
Por último, vale lembrar que Ana e Tereza também foram as articuladoras do bem sucedido Bolsa Família. Devem saber bem o que dá certo nele e o que emperra.
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