Aposentado é morto em churrasco no Guarujá

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Por Agencia Estado
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O empresário aposentado Adilson dos Anjos Francisco, de 57 anos, foi assassinado, em sua casa, no Guarujá, durante um churrasco com um casal de amigos. Francisco foi encontrado agonizando pelo irmão, o cantor Luiz Américo, que fez sucesso na década de 70. A polícia investiga duas versões para o crime. A dona de casa Maria Tereza Landi, de 42 anos, contou à polícia que ela e o marido chegaram à casa da vítima, no Jardim Guaiúba, no começo da tarde de ontem para um churrasco, mas faltava a carne. Às 13 horas, o marido dela, Ivaldir de Souza, de 40, saiu para comprar a comida. Quando voltou, teria surpreendido ela e Adilson mantendo "relações amorosas". Descontrolado, Souza teria pegado um espeto de churrasco e, com o cabo, desferido vários golpes em Francisco, que sofria de uma deficiência em um braço e não pôde se defender. Maria ainda teria tentado impedir o espancamento, mas também foi agredida. Só após deixar Francisco inconsciente, Souza parou. Então decidiu esconder a vítima em um banheiro. Pegou o carro da mulher, um Citroën Xsara, e deixou a casa em alta velocidade. Na fuga até a balsa, ainda atropelou o motoqueiro Marcos Barros Pinto de Souza, de 30 anos. Ele não parou para prestar socorro. Quando chegou à balsa, abandonou o carro e desapareceu. O motoqueiro foi socorrido e depois liberado. Hoje o cantor Luiz Américo afirmou que uma sobrinha dele, que é amiga da filha do casal, ligou dizendo que Maria e Souza pretendiam ir à casa de Francisco para pegar dinheiro emprestado. "Achei estranho, porque meu irmão não tinha dinheiro", contou o cantor, que mora na mesma rua do irmão. Às 13h30, um empregado do cantor que limpava o jardim ouviu gritos vindos da casa de Francisco. Quando Américo chegou à casa do irmão, flagrou o casal entrando no carro para fugir. "Ela estava com o rosto ferido. Eu perguntei pelo meu irmão e eles não responderam. Tentei pegar a chave do contato, mas não consegui. Mas pude tirar Maria do carro", descreveu. Segundo Américo, o irmão nunca teve caso com Maria. "Ele era amigo do casal. Todos nós sabíamos que Souza batia nela. Por isso acredito que o meu irmão tenha tentado evitar uma briga entre os dois e acabou morto." Dentro do Citroën, a polícia encontrou duas folhas de cheques sujas de sangue, em branco e assinadas pela vítima. Souza está foragido.

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