PUBLICIDADE

Apreendidos 3 mil produtos Louis Vuitton falsificados em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Oficiais de Justiça fizeram hoje na região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, a maior apreensão de produtos falsificados da marca francesa Louis Vuitton no varejo. Foram apreendidos 3 mil itens, entre bolsas, relógios, gravatas, sapatos, carteiras, canetas, calças e camisas. Encontrados em grande quantidade, os verdadeiros relógios da marca só serão lançados mundialmente em setembro. A iniciativa contra a pirataria foi tomada pela Louis Vuitton, por meio dos advogados da empresa, do escritório Garé e Ortiz do Amaral, especializados em propriedade industrial e intelectual. Os defensores conseguiram dois mandados de busca e apreensão na 1.ª e 3.ª Varas Cíveis centrais. A ação foi realizada durante a manhã de hoje, sob olhares irritados de comerciantes chineses e coreanos. "Nós não admitiremos a falisificação e vamos agir", disse a advogada Márcia Ortiz do Amaral. O principal foco da operação foi o Shopping Mundo Oriental, na Rua Barão de Duprat, 323. Os advogados já tinham levantado quais as lojas que vendiam os produtos. "Essa região é o centro de distribuição de produtos falsificados", disse o advogado Luiz Cláudio Garé. ´Caramba´ Assim que a equipe - formada por oito advogados e quatro oficiais de Justiça - entrou no Shopping Mundo Oriental, comerciantes já pegaram os celulares. Alguns ameaçaram iniciar um tumulto. "Caramba, não vai levar nada, não", gritava um dos chineses, com forte sotaque. A reportagem tentou conversar com alguns comerciantes, mas eles não quiseram falar. Para os oficiais de Justiça e advogados, não faltavam pedidos. "Leva só isso. Deixa o resto," diziam. Na hora de assinar os mandados para que pudessem apresentar defesa na Justiça, todos diziam que não eram os donos das lojas. A confusão diminuiu um pouco com a chegadas de três policiais militares. "Quer dinheiro? Eu dou. A polícia vem aqui pega dinheiro e vai embora", disse uma comerciante a um oficial de Justiça, enquanto guardava a mercadoria falsificada num gavetão. Alguns freqüentadores do shopping não perceberam a operação. Uma moça chegou a perguntar para uma das advogadas - que estava atrás do balcão auxiliando na contagem dos produtos - qual o preço da carteira Louis Vuitton. "A senhora pode voltar depois?", pediu a advogada. "Você vai abrir a loja mais tarde?" insistiu a cliente, que foi embora rapidamente assim que soube da apreensão. Alguns comerciantes conseguiram fechar as lojas antes da chegada dos oficiais de Justiça. Os advogados da empresa chamaram dois chaveiros para arrombar as portas, mas eles nem precisaram trabalhar. Foi só chegarem e alguém apareceu com as chaves. Na última loja, até um catálogo dos produtos falsificados foi encontrado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.