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Apreensão de táxis piratas cresceu 33,5% no ano passado

DTP retirou de circulação 587 veículos; 1 terço era de ?geladeiras?, os carros brancos com placas pintadas

Por Daniel Gonzales
Atualização:

As apreensões de táxis irregulares nas ruas da capital, no ano passado, bateram o recorde dos últimos quatro anos e cresceram 33,5% em relação a 2007, segundo dados finais do Departamento de Transportes Públicos (DTP), órgão da Secretaria Municipal de Transportes responsável por fiscalizar o setor. Foram retirados de circulação, em 2008, 587 táxis irregulares, o que representou o maior número desde 2005. No ano anterior, 2007, haviam ocorrido 440 apreensões de táxis. Cerca de um terço dos táxis clandestinos apreendidos pelo DTP era de veículos chamados "geladeiras" - carros brancos, com placas pintadas de vermelho para parecerem táxis de verdade, com luminoso e até taxímetro instalados. "Esse tipo de carro circula mais nos bairros, geralmente à noite, e a própria fiscalização às vezes tem dificuldade para apreendê-los, porque a semelhança com o táxi autorizado é grande", diz o presidente do Sindicato dos Taxistas, Natalício Bezerra. O taxímetro, diz ele, muitas vezes é adulterado para "roubar" no valor da corrida, causando prejuízo ao bolso do passageiro. As demais apreensões de 2008 foram de táxis clandestinos - veículos particulares que faziam o serviço de corridas pagas sem nenhum tipo de autorização ou carros de outros municípios que vieram a São Paulo e operavam como táxis na capital, o que é vetado pela legislação municipal. De acordo com Bezerra, os particulares oferecem serviços principalmente na porta de hotéis, na região da Avenida Paulista. "Existe a conivência desses estabelecimentos e estamos pedindo às autoridades um aumento no valor das multas", diz. VALORES Hoje, o dono do veículo clandestino paga R$ 184,70, mais taxa de remoção de R$ 375,10 e R$ 29,40 a cada 12 horas de estadia, se quiser recuperar o carro. Depois de 180 dias, o veículo vai a leilão. Em 2006, o DTP havia efetuado 281 apreensões de táxis irregulares em São Paulo. Em 2005, o número foi ainda menor: 155. A equipe responsável pelo serviço permanece a mesma: 100 fiscais.

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