09 de outubro de 2010 | 00h00
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu ontem as acusações de suposto esquema de favorecimento envolvendo a Petrobrás e seu ex-assessor Ibanês César Cássel.
"Aquela matéria é ridícula", criticou Dilma durante entrevista coletiva concedida em Brasília, referindo-se à reportagem publicada pelo jornal O Globo
A candidata enfatizou que "ter uma empresa e participar do governo não é crime, nunca foi". Ela recorreu a exemplos como os dos ex-ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Roberto Rodrigues, da Agricultura, e Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - que são empresários e exerceram o cargo sem nunca sofrerem questionamentos da imprensa.
Ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, a presidenciável do PT evitou comentar a desvalorização da empresa, decorrente de polêmica envolvendo operadores do mercado financeiro e relatórios bancários desfavoráveis. "Se ocorreu queda, é um ajuste. Não sei, não sou do mercado", afirmou, sem concluir o raciocínio.
A petista pediu cautela com as informações que circulam sobre estatais no período eleitoral. "É preciso ter cuidado com as especulações. Não é possível jogar sistematicamente contra a maior empresa do Brasil", advertiu.
Diversidade. Dilma voltou a afirmar que a discussão sobre o aborto, que domina a campanha, é legítima e necessária. Mas ponderou que não pode se transformar no "centro do debate eleitoral". "Não dá para conviver num clima de conflito, de ódio religioso. Este País sempre conviveu com a liberdade e a diversidade religiosa", lembrou.
Em visita à Casa de Ismael, instituição que acolhe crianças vítimas de abandono familiar, ela reafirmou o compromisso de construir 6 mil creches e prometeu fazer convênios voltados à proteção de crianças e adolescentes.
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