PUBLICIDADE

Arborizado e acessível, Butantã tem tudo que o mercado quer

Boa infra-estrutura de comércio e serviços e chegada do metrô em 2010 tornam bairro ainda mais atrativo

Por Renata Gama
Atualização:

Um bairro predominantemente residencial, rico em áreas verdes, boa infra-estrutura comercial e de serviços, grandes vias de acesso, trem e, futuramente, metrô. Com essas características, o Butantã, na zona oeste, tem atraído investimentos dos empreendedores do mercado imobiliário há anos. "O Butantã é muito próximo de áreas importantes e nobres como a Avenida Faria Lima, a Praça Pan-americana e de shoppings como o Eldorado, Iguatemi e Villa-Lobos", afirma Odair Senra, diretor de incorporação da construtora Gafisa. Este é um dos motivos que explicam o fato de a empresa ter lançado, desde 1992, 47 edifícios em uma área de 260 mil metros quadrados na região. No lugar, a empresa construiu um bairro planejado chamado Colinas de São Francisco. Em maio deste ano, foram lançados os últimos três empreendimentos do projeto. "Ali criamos um pólo de geração de consumo, um centro comercial em terreno privado. O projeto virou uma semente de desenvolvimento que se estendeu até Osasco", diz Senra. Não apenas a Gafisa investe no Butantã em peso. No ano passado, o mercado se voltou para o bairro que recebeu o maior número de unidades lançadas na cidade, superando o Morumbi. Foram 2.089 apartamentos no Butantã contra 1.878 no bairro vizinho, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). O ritmo dos lançamentos diminui este ano. Até setembro foram lançadas 580 unidades no bairro. Destes, 388 foram de quatro dormitórios. O preço médio do metro quadrado útil em 2007 é de R$ 2.802, de acordo com a Embraesp. Conforme analisa o superintendente de incorporações da Even, João Azevedo, o Butantã é uma alternativa ao Alto da Lapa e Alto de Pinheiros. "Essas regiões estão pegando preços muito altos. No Alto da Lapa, o metro quadrado custa a partir R$ 3.200. Em Alto de Pinheiros, a partir de R$ 4 mil. Quem procura apartamentos maiores por preços mais acessíveis acaba atravessando a Ponte do Jaguaré. É uma região migratória", afirma o executivo. Para Azevedo, o que explica o preço no Butantã ser mais baixo é principalmente a maior oferta de terrenos, que viabiliza a construção de mais unidades. Com o forte impulso do crédito à classe média, a tendência é o bairro crescer ainda mais. Mas para Eduardo Telles, diretor-comercial da incorporadora Agra, o crédito também vai contribuir para que o padrão do Butantã suba. "As incorporadoras têm oportunidade de oferecer unidades de médio e alto padrão em condições facilitadas", afirma. Ele lembra do recente anúncio da Caixa Econômica Federal de que vai ampliar os empréstimos com recursos do FGTS para faixas de renda mais altas, no ano que vem Independentemente disso, o padrão no bairro já subiu. Segundo a Embraesp, 66% dos lançamentos deste ano foram de unidades quatro quartos, enquanto no ano passado o alto padrão representava 44%. METRÔ A chegada da Linha Amarela do metrô no bairro, que deve ser entregue em 2010, também estimula a manutenção dos investimentos do mercado imobiliário. "Tem relação absolutamente direta na procura por unidades porque deixa o acesso mais fácil, principalmente dos filhos, às escolas e faculdades", afirma Azevedo, da Even. Segundo o executivo, o perfil de quem compra na região não é de famílias que dependem de transporte público, mas a presença de uma estação do metrô vai colaborar para o desenvolvimento do bairro. "O dono do apartamento muitas vezes não anda tanto de metrô, mas seus funcionários, as pessoas que trabalham no serviço da região, sim." Conforme Azevedo, a estação Butantã, e também a vizinha Vila Sônia, com previsão de entrega em 2012, vão contribuir para que a infra-estrutura comercial da área, que tem perfil mais residencial, amadureça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.