Área de inteligência da PF será reforçada no Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Diante da recusa do governo do Rio de Janeiro de aceitar uma "intervenção branca" nas polícias Militar e Civil, a União pretende reforçar a sua atuação no Estado, principalmente na área de inteligência. Um grupo de agentes da Polícia Federal será deslocado de outras regiões para o Rio, nos próximos dias, junto com policiais rodoviários federais. Além disso, o Conselho Operacional de Segurança Integrada (Cosi), integrado pelo Exército e a Polícia Federal, será mantido. Entretanto, dificilmente o governo federal assumirá o presídio Bangu 3, pelo fato de não haver pessoal suficiente para garantir a segurança do local. Por tratar-se de uma aliada política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal acreditava que a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), iria receber a proposta de intervenção sem problemas. Tanto é que os ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Defesa, José Viegas, levaram a proposta em forma de documento oficial. Mas, durante o encontro de sábado à tarde, Rosinha recusou subordinar as polícias ao Cosi, que é coordenado pela PF e pelo Exército. Diante disso, a União praticamente ficou sem opção para ajudar no combate à violência no Rio. A única medida para demonstrar a presença federal no Estado será reforçar a PF, enviando novos efetivos, além de manter a coordenação do Cosi com a área de inteligência das Forças Armadas. Porém, segundo fontes do Palácio do Planalto, dificilmente a União assumirá Bangu 3, conforme propôs Rosinha Matheus. "São 900 vagas, o que demandaria a convocação de 3.600 agentes federais, quase a metade do efetivo atual da PF", afirma uma fonte do Ministério da Justiça. O governo pretendia assumir Bangu 1, onde estão os presos mais perigosos do Rio. Com a decisão de aumentar o efetivo no Rio, a PF deverá instalar na cidade o Núcleo de Coordenação Regional (Nucope), que funcionaria independente da superintendência local da instituição e com comando próprio. A atuação do Nucope deverá ser principalmente voltada para o combate ao tráfico internacional de drogas. Esta proposta é a principal medida que a União deveria ter adotado há alguns meses no Estado, segundo relatório reservado da PF. Veja o especial:

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