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Arqueólogos descobrem área onde Jesus teria multiplicado pães e peixes

Região escavada também tem destroços de construções bizantinas e uma provável casa de banho do período romano, disseram pesquisadores

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Por Redação
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NOVA YORK – Um grupo de arqueólogos israelenses e norte-americanos anunciou nesta segunda-feira, 7, a descoberta de evidências da antiga cidade de Betsaida-Julias, onde, de acordo com a Bíblia, moraram três dos apóstolos de Jesus Cristo – Pedro, André e Felipe. O local teria sido o palco de um dos milagres atribuídos a Jesus pela tradição cristã: a multiplicação de pães e peixes. O evangelho de Lucas afirma que cinco pães e dois peixes se transformaram em alimento suficiente para cinco mil pessoas.

Ao escavar, cientistas encontraram destroços de construções bizantinas e romanas no local Foto: Mehanem Kahana/AFP

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A área da escavação, conduzida pelas universidades Kinneret, de Israel, e Nyack, de Nova York, fica a nordeste do Mar da Galileia, na região de El Araj, no território israelense. Alunos de Arqueologia e voluntários trabalharam na exploração do local durante duas semanas de julho, segundo o comunicado.

“Há indicações de que estamos escavando Betsaida-Julias. Continuaremos as buscas para esclarecer a questão. Esse era um dos poucos entre os locais bíblicos ainda não encontrados”, disse o professor Steven Notley, diretor do projeto, em entrevista à emissora Fox News.

A cidade romana de Julias teria surgido a partir do povoado de pescadores conhecido como Betsaida durante o primeiro século depois de Cristo. O Novo Testamento da Bíblia descreve Betsaida como o lar dos três apóstolos e local onde Jesus ministrava espécies de missas. Ele também teria curado um homem cego na mesma área, segundo a crença cristã.

O local da escavação, próximo ao Mar da Galileia, foi isolado para a pesquisa dos arqueólogos e historiadores. Foto: Mehanem Kahana/AFP

Destroços de uma construção do período bizantino reforçam o rumo do trabalho dos arqueólogos. Mais de 30 moedas encontradas sob a estrutura indicam que a construção data do século 5 d.C. Abaixo dela, foram encontradas louças e uma moeda de bronze que teriam sido fabricadas entre os séculos 1 e 3. Ainda, uma parede de tijolos de barro, revestida com mosaicos de cerâmica preto e brancos, pode ser o que sobrou de uma casa de banho do período romano. 

Outro grupo de arqueólogos desbrava uma área próxima, também candidata a ser reconhecida como a “cidade perdida” de Julias. As escavações em El Araj começarão novamente em 2018, de acordo com os pesquisadores. / Com informações de agências internacionais

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