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Artigo 'mexeu com brios' dos organizadores

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Por Redação
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Um artigo do correspondente do jornal espanhol El País no Brasil, Juan Arias, publicado no dia 7 de julho, foi o ponto de partida para a agitação dos cinco amigos do Rio. Arias questiona por que os brasileiros são capazes de reunir milhares de pessoas em paradas gays, marchas evangélicas e passeatas em favor da legalização da maconha, mas não conseguem levar para as ruas a indignação contra a corrupção. "Aquilo mexeu com nossos brios", lembra Cristine Maza, que calcula a participação de 25 mil pessoas.Mas e depois? "Se tivermos um bom retorno, vou me sentir responsável por continuar o movimento. Se achar que estou batendo palma para maluco, não vou seguir", diz o designer Chester Martins. "Eu penso diferente. Vou em frente, mesmo sem ainda saber como", afirma o produtor Eudes Santos.O movimento do quinteto contagiou o internauta baiano Oscar Cezar Ferreira Magalhães, geofísico da Petrobrás que está à frente da manifestação em Salvador. "Acho que chegaremos a 10 mil pessoas. Políticos não são bem-vindos, mas, se forem como cidadãos, sim. Vamos mostrar que as entidades são fortes, que o cidadão é forte", diz Magalhães, que replicou a logomarca criada por Chester e José Luiz.Mesmo que ainda tímidos, os movimentos apartidários começam a chamar atenção dos políticos. "Acho que estamos chegando ao fim da era dos partidos. O mundo tem novos atores, novas formas de representação. A reforma política tem de começar a entender essa passagem", disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, na quinta-feira, em debate no Rio. Ele defende candidaturas avulsas, em que os postulantes não são obrigados a se filiarem a partidos políticos. / L.N.L.

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