"As águas de março ainda estão por vir", diz Marta

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Por Agencia Estado
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A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), tentou minimizar hoje os estragos decorrentes das chuvas dos últimos dias, mas acabou reconhecendo que o pior ainda está por vir. "O pior é que estamos só no começo (do período de chuvas) e as águas de março ainda estão por vir", disse ela, durante discurso na abertura da URBIS 2002, feira e congresso internacional de cidades, no Anhembi. Marta atribuiu os problemas decorrentes das enchentes à ausência de investimentos por parte dos governos anteriores e à desatenção dos governos federal e estadual em relação à área habitacional da cidade. Segundo ela, 5,6 milhões de pessoas vivem, em São Paulo, de forma irregular. "São Paulo não recebeu o olhar do governo federal em termos de habitação", disse. Enchentes - Segundo levantamento da Prefeitura, a capital paulista possui mais de mil áreas de risco. Depois do discurso, em entrevista à imprensa, Marta não quis falar sobre enchentes. Quando perguntada se o pior ainda estava por vir, disse: "Como é que eu vou saber se vai chover mais ou menos?". "Costuma chover até março. Se vai chover pior do que choveu ou se vai chover menos, eu não sei." Amanhã, a prefeita deve assinar, às 10h30 no Palácio dos Bandeirantes, convênio com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para a construção de 5 mil unidades habitacionais no município. O acordo começou a ser discutido no ano passado entre a Prefeitura e o Estado. Pelo convênio, a Prefeitura cederá os terrenos para que o governo paulista construa as novas unidades. Regional - Marta confirmou hoje que irá exonerar a administradora regional de Campo Limpo, Leila Aschermann. No lugar, deverá ser nomeado o atual diretor do Programa de Silêncio Urbano (Psiu), Glauco Aires. A prefeita, no entanto, negou que a troca na regional seja parte da estratégia de aproximação entre PT e PMDB. "É uma troca técnica", limitou-se a dizer.

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