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As imagens gravadas pelas câmeras das praças de pedágio desapareceram

Por Josmar Jozino
Atualização:

As câmeras da praça de pedágio filmaram a ação dos PMs na Castelinho. Mas a fita sumiu. O então delegado seccional Everardo Tanganelli pediu o material a um empregado da ViaOeste. Mas foi informado de que o vídeo havia sido repassado para o capitão Carlos Alberto, da Polícia Militar Rodoviária. O oficial negou ter recebido. No dia seguinte à matança, Tanganelli recebeu a informação de que os 12 homens iriam roubar um avião-pagador em Sorocaba. O delegado soube pelo amigo Toledo, chefe do Departamento de Avião Civil (DAC) de Sorocaba, que há anos não descia avião-pagador na cidade. Os presos Marcos Massari e Gilmar Leite Siqueira foram retirados da prisão e infiltrados pelo Grupo de Repressão e Análise aos Delito de Intolerância (Gradi) em várias operações, sob o pretexto de combater as ações do PCC. Juntamente com eles foram recrutados os presos Ronny Clay Chaves e Rubens Leôncio. Em troca, os PMs prometeram aos presos benefícios na pena e até a liberdade. Nada disso foi cumprido. Os detentos admitiram à Justiça que a Operação Castelinho foi uma encenação, uma farsa. Por causa da matança, o PCC começou a executar PMs no Estado. E não parou mais.

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