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Assassino de fonoaudióloga pega 40 anos de prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

Quase um ano depois do assassinato da fonoaudióloga Márcia Castro Lyra, estuprada e estrangulada na frente da filha em sua casa, em Santa Teresa, centro do Rio, o pedreiro Alan Marques da Costa, um dos envolvidos no crime, foi condenado a 40 anos de prisão. O pedreiro, que trabalhava numa obra na casa de Márcia, foi acusado de roubo, estupro, atentado violento ao pudor e resistência à prisão (ele atirou contra os policiais que chegaram ao local do crime). Cláudio Marques Baptista de Mattos, cúmplice de Costa que teria dado cobertura à ação, foi condenado a 14 anos. Os dois terão de cumprir a pena em regime fechado. A decisão foi do juiz Geraldo Prado, da 37ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O terceiro bandido, Marcelo Melo Gonçalves, tio do pedreiro, chegou a ser preso, mas apareceu enforcado numa cela da Polinter pouco depois. No dia 26 de abril de 2001, o grupo invadiu a casa de Márcia - que trabalhava como secretária de gabinete do deputado estadual Carlos Minc (PT) - e fez a ela, seus dois filhos e seu ex-marido de reféns. A menina Ana Paula, de 13 anos, foi estuprada e esfaqueada. Márcia também recebeu vários golpes e foi escalpelada antes de morrer. Eles fugiram levando objetos da casa. O crime chocou a cidade e deu início a uma série de manifestações contra a violência. O juiz Geraldo Prado considerou que a presença do pedreiro na casa e o fato de ele ter ameaçado o filho de Márcia e seu pai com uma faca permitiu que a fonoaudióloga fosse assassinada. Ainda segundo ele, Cláudio Marques Baptista de Mattos não poderia responder por latrocínio (roubo seguido de morte) porque estava fora da casa quando a fonoaudióloga foi morta. O juiz não aceitou a tese da defesa de que o roubo não foi planejado. Ele destacou ainda em sua decisão "o impressionante e corajoso" relato da filha de Márcia. Para Prado, em seu depoimento, ela parecia "buscar alguma maneira de compreender o que se passou e o por quê de tudo."

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