Assassino de portugueses se diz perseguido pela mídia

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Por Agencia Estado
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Luís Miguel Militão Guerreiro queixou-se hoje de ser apontado, tanto pelos meios de comunicação como pelas autoridades brasileiras, como único culpado no assassinato dos seis empresários portugueses. "Já disse que fui culpado, mas não sou o único. Vocês fazem questão de dizer que o único que organizou as coisas fui eu. Mas todos nós pensamos juntos". Guerreiro, que também é português e mora há um ano no Brasil, disse que o fato está acontecendo por ser "mais fácil" para o governo brasileiro. "Afinal, o Brasil é um mar de rosas", ironizou e, completando em seguida: "Todos os outros países dizem que o Brasil é um país de corrupção. Mas não. Foi preciso um português vir pra cá para ter um crime. É essa a imagem que os meios de comunicação social e o governo estão a transmitir". Guerreiro disse ter usado mulheres e bebidas para atrair os empresários para a barraca Vela Latina, uma espécie de quiosque na praia que funcionava como danceteria e ponto de prostituição. "Perguntei se queriam ir para lá ou para o hotel. Para que eles aceitassem com facilidade ir para a barraca, falei nas mulheres e na bebida". Ele afirmou nunca ter aplicado golpes antes. Agentes da PF, porém, continuam investigando possível ligação dele com outros crimes na capital cearense. No crime contra seus patrícios, disse ter agido com uma frieza irreconhecível. Assassinato cometido, Guerreiro disse ter voltado dois ou três dias depois ao local do crime, e contratado um pedreiro para refazer o piso da cozinha onde os corpos estavam enterrados. Teria ficado apenas à porta por não ter tido coragem para entrar.

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