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Assassino do cartunista Glauco deve ser transferido para GO

Carlos Eduardo Sandfeld Nunes, de 28 anos, matou o cartunista e o filho dele Raoni, em 2010 em São Paulo

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Por Redação
Atualização:

GOIÂNIA - Carlos Eduardo Sandfeld Nunes, de 28 anos, o Cadu, assassino do cartunista Glauco Villas Boas, e do filho dele Raoni pode ser transferido para Goiânia, Goiás, nos próximos dias. O rapaz está em de Foz do Iguaçu, Paraná, onde cumpre pena de internação de três anos em hospital psiquiátrico.

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O crime ocorreu no dia 12 de março de 2010 em Osasco, na Grande São Paulo. Na época, e sob efeito de maconha, haxixe e uma mistura com ervas baseada num ritual do santo daime, Cadu matou o cartunista e o filho dele. Após o duplo homicídio, tentou fugir para o Paraguai com uma arma, dirigindo carro roubado, e foi preso na divisa.

Transferência. O pedido de transferência foi feito no mês de julho do ano passado pelos advogados Andressa de Brito Viana, Bruno Aurélio Franscisconi Giolo e Sérgio Divino Carvalho Filho, depende de uma série de troca de informações entre a justiça dos dois Estados. Agora, os advogados do rapaz apresentaram um pedido de vaga, para cumprimento do restante da pena de internação, junto à 4a. Vara Criminal de Goiânia.

"Situações de transferência, como essa, são possíveis desde que exista justificativa da necessidade e comprovação de vínculo", diz o promotor Fernando Krebbs, da área criminal do Ministério Público de Goiás (MPE). O pedido se baseia no fato do pai do rapaz, Carlos Grech Nunes, morar na cidade.

Caso seja concluída a transferência, Cadu será avaliado por um médico psiquiatra forenses em Goiânia. É quando se definirá se ele pode ou não retornar ao convívio social ou ser mantido internado.

O processo, que está sob avaliação da juíza Telma Aparecida Alves, titular da 1a. Vara de Execuções Penais de Goiânia, depende de uma série de troca de informações entre a Justiça de Goiás e do Paraná.

Laudo. O laudo psiquiátrico, realizado após os crimes, indicou que Cadu é portador de esquizofrenia paranóide, o que o torna incapaz de perceber a gravidade de seus atos. A doença teria sido agravada pelo consumo das drogas. "Ele deve ter um doença psiquiátrica de base, pois o que fez não resultou do efeito das drogas com o santo daime, mas da junção do santo daime e a doença mental subjacente, que deve ser um transtorno bipolar", disse o médico Marcelo Caixeta, um dos psiquiatras forenses da Justiça de Goiás.

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Cadu poderá ser liberado no prazo de três anos, conforme foi determinado pelo juiz do Paraná, Mateus de Freitas Cavalcante Costa.

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