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Assassinos de garoto não estavam drogados, diz delegado

Delegado chegou a considerar a hipótese dos assaltantes estarem drogados no momento do crime; menino de 6 anos foi arrastado por 7 km na zona norte do Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado titular da 30ª Delegacia Policial de Rocha Miranda, na zona norte do Rio de Janeiro, descartou nesta sexta-feira, 9, que os dois bandidos acusados pela morte do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos, estivessem drogados no momento do crime. Na quinta-feira, Hércules Pires do Nascimento havia afirmado que os dois acusados provavelmente estariam sob efeitos de drogas para cometer um crime como o que matou o garoto, mas nesta sexta-feira descartou essa hipótese, argumentando que trata-se de pessoas "frias e calculistas". Pires descartou também que os acusados não soubessem que a criança estava presa ao carro. O menino João Hélio foi arrastado por vários quilômetros, preso ao cinto de segurança do carro furtado pelos bandidos. O crime chocou os moradores do Rio e repercutiu em todo o País. O acusado Diego Nascimento Silva, de 18 anos, admitiu para alguns repórteres que começou a fumar maconha no início de 2006, mas negou todo o tempo que estivesse drogado na noite do crime. Comoção O crime provocou comoção até entre os policiais. O sargento do 9º Batalhão (Olaria) que localizou o carro ficou tão emocionado com a cena, que não conseguiu reportar a ocorrência pelo rádio. Trinta PMs que deixariam o serviço na manhã de quarta-feira se ofereceram para continuar no batalhão e ajudar na captura dos criminosos. Três delegacias se empenharam para esclarecer o crime. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Ângelo de Oliveira, estiveram no velório de João, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Beltrame assumiu a falta de policiamento na zona norte. ?Obviamente precisamos melhorar o policiamento na rua?. Ubiratan Ângelo minimizou o fato de o menino ter sido arrastado por sete quilômetros sem nenhum policiamento. ?A vítima não morreu durante todo o trajeto, mas nos primeiros 100 metros. Ele não morreu por falta de policiamento. Ele foi assassinado?, afirmou o comandante-geral da PM.

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