Assédio de fãs a Serra irrita primeira-dama

?Hoje em dia todo mundo tem câmera e quer tirar foto, é um horror?, disse Monica Serra

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Por Rodrigo Brancatelli e Valéria França
Atualização:

O prefeito Gilberto Kassab foi pontual. Chegou ao camarote da Prefeitura antes da primeira escola, a Gaviões da Fiel, entrar na passarela do Sambódromo. E o clima estava descontraído, pelo menos até o governador José Serra chegar com sua comitiva. Ele veio acompanhado da mulher, Monica, da chefe do cerimonial do palácio, Cláudia Matarazzo, e do secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, Andrea Matarazzo. Serra levou até a tia Carmelita, de 74 anos. "Queria ver as escolas, mas está difícil", disse o governador, referindo-se ao assédio no camarote, que muitas vezes partia de pessoas impressionadas apenas com o fato de estarem na presença de uma figura pública. Foi o caso da bancária Juliana Ferreira Prates, de 23 anos, que pediu para tirar uma foto com o governador. "Tenho foto de um monte de gente famosa, como (as atrizes) Flávia Alessandra e a Fernanda Souza. Meus amigos vão me achar importante." Serra deu beijos, abraços e autógrafos a todos que o interpelavam. A mais constrangida com a cena era a primeira-dama Monica Serra, que acompanhava o marido a alguns passos de distância. Monica fechava a cara toda vez que alguma mulher pedia para tirar foto com Serra. As mais saidinhas eram medidas de cima a baixo pela primeira-dama. "A gente tem que cuidar do que é nosso, né?!", disse. "Hoje em dia todo mundo tem câmera e quer tirar foto, é um horror. Ainda mais quando eles tiram foto sem pedir, escondido." Serra conformou-se com o clima, que mais parecia de campanha eleitoral. Deixou de lado a diversão, e ainda tentou se desculpar: "Só não sambo porque vocês vão achar que sou tão bom de samba como de governo."

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