
29 de novembro de 2010 | 17h23
RIO - O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH), Álvaro Brito Bezerra de Mello, disse nesta segunda-feira, 29, que a ocupação na rede hoteleira do Rio de Janeiro no último fim de semana "caiu apenas 15%" por causa dos episódios de violência na cidade, ocorridos desde a semana passada. Para ele, essa "pequena queda" é um sinal claro de que "as pessoas passaram a ver que as coisas estão entrando no eixo no Rio de Janeiro".
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"O maior problema do Rio é a segurança. Todo o turismo ficou assustado com o noticiário da cidade, mas a ocupação (nos hotéis) caiu pouco. O governo do Estado deu uma resposta bonita", disse, referindo-se à megaoperação das forças policiais e militares no Complexo do Alemão e na Favela Vila Cruzeiro, na zona norte, que prendeu traficantes e apreendeu armas, munição e drogas.
O presidente da ABIH parabenizou o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a quem chamou de "herói", pelo "ótimo trabalho". "A megaoperação transcorreu sem derramamento de sangue. Foi lindo. Como carioca, fiquei orgulhoso", afirmou, durante o seminário Rio Cidade Sede - Infraestrutura, desafios e oportunidades, realizado num hotel de luxo da zona sul.
Mello disse que o Rio vai atingir a meta de 40 mil leitos na rede hotelaria para a Copa do Mundo de 2014 e de 50 mil para os Jogos Olímpicos de 2016. A cidade tem hoje 25 mil quartos. "Já existem mais 9 mil quartos em planejamento ou construção. Para chegar aos 40 mil e 50 mil não haverá problemas."
Bezerra de Mello afirmou que seu "maior medo são os aeroportos". "É preciso colocar muito dinheiro para fazer aeroportos dignos de primeiro mundo. Nós deveríamos ter metrô nos aeroportos até a rede hoteleira", disse.
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