07 de abril de 2011 | 15h13
No pior ataque a tiros em escolas da história dos Estados Unidos, em abril de 2007, um estudante da Universidade de Virginia Tech saiu do dormitório e matou 32 pessoas. Em vídeos, textos e fotos enviados à cadeia de televisão NBC minutos antes do massacre, ele deixou o que foi chamado de "manifesto multimídia", em que se dizia "encurralado" e sem opções.
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Violência e tragédia nas escolas
Oito anos antes, dois estudantes - de 18 e 17 anos - executaram um plano meticuloso na Escola de Columbine, no Colorado, EUA. A dupla tomou o controle do local com pistolas e bombas caseiras, invadiu a biblioteca e depois percorreu a escola. Eles mataram doze estudantes e um professor e, em seguida, se mataram. "Não culpem mais ninguém por nossos atos", dizia uma nota encontrada perto de seus corpos. Depois da tragédia, foram encontrados vídeos em que os estudantes apareciam treinando tiros.
Os mortíferos episódios, porém, tão lembrados no dia de hoje, pouco têm a ver com o ocorrido no Rio. Em ambos os casos, os atiradores eram estudantes bem armados, pouco populares entre os colegas. Na tragédia do Realengo, Wellington Menezes de Oliveira não estudava mais na escola. Mirou em crianças. Em uma carta, justificou a decisão: dizia ver "impureza" nelas.
Para a polícia, a motivação do crime ainda não está clara.
Entre os ataques nos EUA, o único na história recente em que o atirador era ex-aluno e não mirava em colegas aconteceu em Chicago, em 2008. O agressor chegou disparando em uma sala de aula da Northern Illinois University. Cinco alunos morreram e outros 15 ficaram feridos. Após descarregar a espingarda, também se matou.
À época, a imprensa local noticiou que ele havia parado de tomar medicação prescrita, e que tinha se destacado no meio acadêmico quando fez uma redação de estudos sobre ferimentos auto-infligidos em prisões e o papel da religião no sistema penitenciário norte-americano, que lhe rendeu um prêmio da reitoria.
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