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Ataques no Rio preocupam o presidente Lula

O fato de os ataques acontecerem perto do réveillon e ocorrerem a três dias da troca de governo, é considerado um fator complicador para o combate às ações

Por Agencia Estado
Atualização:

A onda de ataques que aterrorizou o Rio deixou preocupado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que pediu, durante toda esta quinta-feira, informações sobre a evolução dos episódios. O fato de os ataques acontecerem às vésperas do réveillon e ocorrerem a três dias da troca de governo, é considerado, no Planalto, um fator complicador para o combate às ações. Mas o presidente foi informado que o governo estadual sabia que estava em andamento o planejamento de ataques, só não tinha dados concretos de onde e a que horas eles ocorreriam, o que dificultava a prevenção às ações, já que é impossível manter policiais em todos os pontos da cidade. Lula foi informado que no estado está funcionando um gabinete de gestão integrada, com pessoal de inteligência de órgãos como a Secretaria de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Forças Armadas e que todas as ações estão sendo feitas para tentar coibir as ações. Ele foi informado cedo nesta quinta dos episódios e pediu mais detalhes sobre o que está acontecendo. Lula está convencido de que, com a chegada do novo governo do estado, será muito mais fácil este trabalho integrado entre as inteligências. As preocupações do governo federal, no entanto, não se limitam ao ano novo. A repercussão internacional dos episódios, na cidade cartão postal do país, com fotos em todos os sites dos maiores jornais do mundo, desagradou o governo brasileiro, preocupado com a sua imagem. As preocupações, no entanto, vão mais longe. Dia 18 de janeiro, está prevista a realização de uma reunião do Mercosul, no Rio, com a presença confirmada de 13 chefes de Estado e o presidente Lula, anfitrião do encontro. Há desconforto também porque o Rio será a sede dos jogos Panamericanos, a serem realizados em julho do ano que vem, com a participação de 5500 atletas de 42 países. Estes episódios levam dúvidas aos organizadores e aos países que estarão presentes participando da competição. Embora o Planalto entenda que a situação está sob controle do governo Estado e que o Rio de Janeiro está tomando as medidas que deveriam ser tomadas, o governo federal tem consciência que, em casos como este, tem sua parcela de responsabilidade na administração da crise. Sabe também, se houver maiores problemas, esta responsabilidade, a nível internacional é do governo federal e daí a preocupação com o acompanhamento direto dos ataques no Rio e com as imagens que estão sendo divulgadas sobre o episódio, no mundo.

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