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Atentados levam à suspensão dos juizados itinerantes

Por Agencia Estado
Atualização:

A onda de atentados terroristas atribuída ao PCC, ou Primeiro Comando da Capital, levou o Conselho Superior da Magistratura a suspender provisoriamente os juizados itinerantes, montados sobre trailers e que percorriam bairros distantes. A suspensão foi adotada a pedido dos juízes que neles atuavam. Alvos de reiteradas ameaças, eles se sentiam vulneráveis, pois os trailers percorriam principalmente favelas e áreas periféricas, onde a segurança é precária. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), o serviço será restabelecido tão logo sejam definidas áreas sujeitas a maior controle de segurança, dentro de um plano que está em implantação desde sexta-feira. Para evitar prejuízos aos usuários, as audiências já agendadas estão sendo realizadas no Juizado Especial Civil, na rua Vergueiro 835, no bairro da Liberdade. Em reunião realizada na semana passada no TJ, foi esquematizado plano de segurança abrangendo todos os órgãos do Judiciário paulista. Participaram dos trabalhos juízes de Direito, diretores dos fóruns da Capital e Grande São Paulo e oficiais da Polícia Militar especializados em segurança. Ficou acertado que, com a colaboração do governo do Estado, da Secretaria da Segurança Pública e da Polícia Militar, haverá policiamento através de rondas permanentes realizadas por helicópteros e viaturas nos fóruns, além de maior rigor na fiscalização das áreas privativas. Em substituição à revista pessoal foi sugerido o uso de detetores de metais. O projeto piloto será desenvolvido no fórum de São Vicente, em conjunto com a prefeitura local. Haverá também instalação de câmeras no interior do prédio e isolamento do estacionamento, com grades. Quando ocorrerem audiências e julgamentos de repercussão, o policiamento e a fiscalização serão reforçados. Para viabilizar essas medidas, a presidência do TJ implantou uma força-tarefa, coordenada pela Comissão de Proteção e Segurança do Poder Judiciário, presidida pelo desembargador Régis de Castilho Barbosa. Os membros da comissão encaminharão propostas para aprimorar a proteção àqueles que trabalham e freqüentam as unidades judiciárias. Qualquer situação suspeita deverá ser comunicada de imediato à Polícia Militar, que tomará medidas para evitar tumulto, além de impedir a desocupação desnecessária de prédios públicos, que vem ocorrendo com freqüência, em razão de falsos alarmes.

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